Dr. Cascais
Conheça as Doenças do outono / inverno

Conheça as Doenças do outono / inverno

Baixa umidade do ar, maior concentração de poluentes, temperatura mais fria e mudanças bruscas no clima favorecem a proliferação de doenças respiratórias a partir do outono e durante o inverno.
A gripe é altamente contagiosa e pode ser transmitida quando o doente tosse, fala ou espirra. Um adulto pode passar a doença desde um dia antes de apresentar os sintomas até, geralmente, cinco dias depois. As crianças podem transmitir por mais tempo: de sete a dez dias.

Crianças e idosos são os mais sofrem: 

As pessoas que mais sofrem com a estação são as crianças e os idosos. “O número de casos nas emergências de hospitais costuma crescer durante o outono, principalmente com crises de alergia e pneumonia”. As crianças são mais vulneráveis às doenças por terem o sistema imunológico ainda em desenvolvimento, enquanto os idosos, por possuírem o sistema imunológico debilitado.

Além das doenças crônicas como asma, pneumonia, bronquite, rinite e sinusite, aumentam as chances de pegar gripes e resfriados e do aparecimento de alergias respiratórias. 

Por isso, é importante atenção a sintomas como: tosse, coriza, obstrução nasal, expectoração, febre, mal-estar geral e falta de apetite, tanto em adultos quanto em crianças. Um médico otorrinolaringologista deve ser consultado para que diagnostique a doença e para que indique o melhor tratamento. 

As doenças que chegam com o outono:

  • Gripe: altamente contagiosa, a gripe é a protagonista entre as doenças do outono. Provocada pelo vírus Influenza, a gripe debilita as funções do pulmão, garganta e nariz e provoca um mal-estar generalizado, com dores musculares, na cabeça, febre alta e podendo apresentar inflamações oculares. Não há remédio capaz de curar a gripe, os medicamentos atuam no alívio dos sintomas – a gripe em si é combatida pelo próprio organismo, num período de até 7 dias (se não houverem complicações). Para tratar um quadro de gripe, recomenda-se repouso, hidratação constante e alimentação saudável. 

  • Pneumonia: com maiores chances de complicação do que a gripe, a pneumonia caracteriza a infecção aguda dos pulmões, podendo danificá-los por completo. É desencadeada pela ação patológica de bactérias ou vírus nas vias respiratórias, provocando tosse com expectoração, febre alta, dor na região do tórax, suor, calafrios e palidez. Quadros de pneumonia devem ser tratados com seriedade, com uso de antibióticos e, em alguns casos, tendo necessidade de internação. Negligenciar o quadro pode gerar graves complicações e até levar à morte. 

  • Sinusite: muito comum no outono, a sinusite é a inflamação repetitiva da região interna dos seios da face. É desencadeada por decorrência de ação viral, bacteriana ou por reações alérgicas, e não é uma doença contagiosa. Provoca intenso desconforto no paciente, com fortes dores de cabeça (pressão na região da testa e das maçãs do rosto), febres, tonturas e congestionamento nasal. O tratamento varia de acordo com cada caso – analgésicos, descongestionantes e antibióticos podem ser necessários. Dependendo da gravidade do quadro e da frequência com que se repete, o tratamento pode ser contínuo ou até cirúrgico. 

  • Rinite: por decorrência da umidade da estação, há um aumento considerável de mofo nos locais fechados – prato cheio para desencadear quadros de rinite. A rinite é uma inflamação das mucosas do nariz, provocada pela irritação local em decorrência de agentes externos, do ambiente. Não é contagiosa, mas causa grande desconforto: nariz a escorrer, crise de espirros, coceira nos olhos, nariz e boca, febre baixa e obstrução das vias respiratórias são os sintomas mais característicos. Podem ser tratadas com o uso de antialérgicos e descongestionantes, mas o tratamento mais efetivo é evitar ambientes pouco ventilados. 

  • Bronquite: trata-se da inflamação dos brônquios, impedindo que o ar chegue até o pulmão – o que causa um grande problema respiratório. É provocada por alergias do trato respiratório ou por exposição a agentes que irritam as vias de respiração (como fumaça ou tabagismo). Catarro excessivo, dor no peito, tosse seca, febre e fadiga constante são os sinais característicos da doença. Se negligenciada, a bronquite pode evoluir para pneumonia. Seu tratamento é feito com antibióticos, inalação e expectorantes, para eliminação do catarro. 

  • Laringite: causada por bactérias, vírus, bebidas geladas ou pela ação de elementos do ambiente, a laringite é a inflamação da laringe – local da garganta onde se encontram as cordas vocais. Não é um quadro altamente dorido, mas provoca tosse seca constante e grave rouquidão, podendo ocasionar perda temporária da voz. Pode ser um quadro isolado, mas a laringite costuma aparecer como sintoma de outras infecções respiratórias. Seu tratamento é feito com repouso, hidratação e, dependendo do caso, antibióticos. 

  • Amigdalite: O frio contribui com a redução do sistema de defesa do organismo, deixando as tonsilas palatinas (mais conhecidas como amígdalas) abertas aos micro-organismos. Quando as bactérias encontram terreno para se desenvolver, surge a amigdalite.". "Os sintomas mais comuns são febre alta, mal-estar e dor no corpo, além de dificuldade e dor ao engolir – sintoma mais característico da condição. O tratamento envolve medicamentos anti-inflamatórios, antibióticos e anti-térmicos, quando necessário.

Para diminuir os sintomas destas doenças, existem cuidados básicos. “As pessoas com baixa imunidade devem evitar ficar em ambientes muito fechados e aqueles que têm uma patologia, como os asmáticos, precisam usar a medicação adequada e de forma correta, sem cessar. No caso das viroses, a maioria pode ser evitada com vacinação, inclusive oferecida pelo SNS, especialmente para os doentes crônicos. Quanto mais vacinado, melhor é.

Não se automedicar é outra dica relevante. “Em casos de sintomas ligados a estas doenças, o melhor é procurar um centro de saúde para investigar a situação. Só um profissional de saúde pode indicar a melhor medicação e a dose adequada tanto para doenças respiratórias, quanto para alergias e viroses”.

Cuidados extras: 

Com o ressecamento das mucosas pode levar a inflamações e diminuir a produção de secreções (que contêm anticorpos), é importante ficar atento à hidratação. Portanto, beba bastante água (um adulto normal precisa, em média, de cerca de dois litros de líquido por dia). Mantenha uma alimentação equilibrada e pratique exercícios."Em dias de baixa umidade relativa do ar, coloque bacias com água em casa, principalmente quem tem alergias. Pode-se apostar no umidificador, mas por pouco tempo, já que o uso prolongado pode facilitar a proliferação de fungos e ácaros".

Quem tem alergia deve procurar um médico para manter um tratamento preventivo. Entre as recomendações também estão deixar de lado carpetes, cortinas e Peluches.
Os sintomas de doenças típicas do Outono costumam desaparecer em até 7 dias.
Esta estação chega ao fim no dia 22 de Dezembro, dando lugar ao Inverno.

Como prevenir as doenças de outono? 

1 - Arejar a casa diariamente, sobretudo naqueles espaços em que passamos mais tempo. Desta forma, vivemos num ambiente limpo e sem vírus.

2 - Lavar as mãos corretamente. As mãos, por estarem continuamente em contacto com tudo, convertem-se no principal foco de infeção, pelo que é importante mantê-las sempre limpas.

3 - Viver uma vida saudável para que o nosso sistema imunitário resista às infeções: praticar desporto, ter uma alimentação equilibrada, manter um bom estado emocional, etc.

4 - Manter a casa limpa. Não é importante apenas arejar a nossa casa, mas também mantê-la limpa para evitar as alergias produzidas pela acumulação de ácaros e bolor.